A pandemia da Covid-19 e o decorrente isolamento social influenciaram positivamente no lucro de diversas plataformas de mídias digitais, uma vez que as pessoas tiveram que repensar seus laços por meio da internet. Com o Facebook, não foi diferente. A plataforma superou as expectativas de analistas a respeito da sua receita em relação ao último trimestre de 2020, terminando o ano com alta de 22% e atingindo a marca de US$ 85,9 bilhões em lucros, com aumento de 21% na receita de anúncios de publicidade. O lucro anual cresceu em 58%.
Hoje, o Facebook conta que possui cerca de 2,8 bilhões de usuários ativos ao mês, que, somando com os usuários do WhatsApp e Instagram, atingem a marca de 3,3 bilhões.
As consequências da Covid-19
A pandemia da Covid-19 desencadeou a necessidade de aprofundamento das mídias digitais, que entraram com tudo na vida das pessoas, seja como ferramenta de trabalho, estudo ou manutenção e estabelecimento das outras relações diárias.
Esse aumento em grande escala do Facebook está dentro desses impactos, principalmente, em função das grandes e pequenas marcas que, repensando suas estratégias de comunicação e de alcance do mercado consumidor, aderiram ainda mais ao uso de plataformas digitais em seus planos de mídia. Tais mudanças acarretadas pelo isolamento social não são passageiras e originam outras expectativas dos consumidores para este ano, saiba o que os consumidores esperam das marcas em 2021.
Cenário de incertezas e processo judiciário
Mas nem tudo é um mar de rosas. Apesar dos números de 2020 serem promissores para a empresa de Mark Zuckerberg, o ano de 2021 não tem sido visto com bons olhos e traz uma série de incertezas sobre o futuro da rede social, que já prevê a impossibilidade de crescimento durante o primeiro semestre do ano, com uma retomada apenas na segunda parte. Isso se dá devido à uma redução nos anúncios de publicidade, que também é consequência do isolamento social.
Confirmando tal previsão, as ações da companhia já recuaram 3%. Grandes empresas estão se movimentando para romper os anúncios na plataforma devido a falhas na política de monitoramento de discursos de ódio.
Nesse sentido, o Facebook já vem adotando medidas para evitar manifestações. Além disso, a empresa também sofre um processo na justiça dos Estados Unidos, no qual está sendo acusada de monopólio ilegal nas redes sociais.
As compras do Instagram, em 2012, e do WhatsApp, em 2014, por exemplo, podem ser desfeitas, já que estão sendo encaradas como uma estratégia para eliminar concorrentes com uma conduta anticompetitiva. As compras foram feitas no valor de US$1 bilhão e cerca de US$20 bilhões, respectivamente.
Ascensão de outras redes
Ainda nessa onda de desagrados, o Facebook se depara também com o crescimento de outras redes sociais, como é o caso do TikTok, que, em 2020, ultrapassou o WhatsApp e se tornou o aplicativo mais baixado do ano, subindo três posições. Além disso, é importante lembrar que pesquisa revela que Spotify e TikTok são as novas apostas dos empreendedores em 2021.
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