O e-commerce, comércio em ambiente virtual, cresceu exponencialmente no ano de 2020 devido ao isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus, mas ainda não o suficiente para se tornar o preferido entre a maioria das pessoas. Uma pesquisa realizada pela Kantar mostra que 51% dos consumidores ainda preferem realizar suas compras presencialmente.
O novo lifestyle adotado a partir do distanciamento social
A pandemia da covid-19 exigiu não apenas um distanciamento obrigatório entre as pessoas e o uso de máscara, mas também uma nova forma de pensar as relações estabelecidas no dia a dia. Dessa forma, novas formas de convívio foram instauradas, remodelando diversos setores da vida pública e privada.
No segundo trimestre de 2020, quando as medidas de isolamento social estavam no ápice, o consumo, de forma geral, caiu deliberadamente. Os consumidores passaram a exigir das marcas novas formas de se posicionar frente ao mercado, apresentando soluções de consumo e entretenimento.
E uma dessas soluções foi o investimento em e-commerce, que já vinha crescendo desde 2010, mas que, em 2020, encontrou o seu berço de ouro. A prática desse tipo de compra fez crescer o número de e-shoppers em 40%, segundo indicativa do Google, e representam hoje mais de 18% do mercado consumidor. Especialistas apontam que esse cenário é uma pequena amostra da realidade universal no futuro. Além disso, uma pesquisa aponta que 72% dos brasileiros utilizam aplicativos para compras online durante a pandemia.
O medo de fraudes gera desconfiança no e-commerce
Apesar do avanço no último ano, grande parte dos consumidores ainda não se sente à vontade para migrar suas práticas de consumo apenas para o ambiente virtual ou para compartilhar seus dados em sites de vendas. O receio de fraudes, como cartões de crédito clonados ou a compra de um produto que nunca vai chegar, por exemplo, afastam esses consumidores do mercado virtual e impedem que o mercado do comércio virtual cresça ainda mais.
Os consumidores passam a adotar alguns critérios para realizar suas compras não presenciais, que precisam ser acompanhados pelas marcas que querem fazer com que seu negócio cresça. Algumas pessoas necessitam de mais garantias de segurança e integridade da loja, de boas indicações do público geral e até de avaliações positivas em sites de reputação, por exemplo. Além disso, o valor do frete pode influenciar diretamente a disponibilidade do consumidor em comprar determinado produto.
O mercado do comércio eletrônico continua em ascensão, mas é necessário pensar em soluções para que o consumidor se sinta seguro no momento da compra, e as lojas online possam se proteger de golpes e fraudes.
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