Vivemos em um mundo onde o fluxo de informações corre em ritmo acelerado, em que as mídias sociais cada vez mais ocupam um grande espaço na nossa rotina e a tecnologia se torna parte dos nossos afazeres diários. Você consegue pensar em um dia sem utilizar um aparelho celular, um eletrodoméstico inteligente ou, até mesmo, sem compartilhar informações e mensagens nas redes? Pois é, a Geração Z também não.
Nascidos a partir de 1995, esses indivíduos são conhecidos como os “nativos digitais”, pessoas que nasceram em um mundo cercado por redes sociais e computadores, cada vez mais se desenvolvendo. Essa geração é marcada por um pragmatismo exacerbado, por uma vontade de mostrar o seu valor a partir de um senso de realidade extremo. São lógicos, buscam não se definir, quebram todos os estereótipos (como o de gênero e classe), entendem as diversidades e buscam construir. O rompimento não faz parte nessa geração.
O interessante é que, mesmo valorizando o próprio eu, a Geração Z busca construir pontes por meio da boa comunicação e do diálogo. Além disso, são ativistas e prezam pela superexposição, valorizando a transparência das relações e do próprio eu.
A Geração Z e o empreendedorismo
Tantas peculiaridades que tornam um grupo de pessoas singular, sem dúvidas, causaria mudanças de posicionamento também no mercado de trabalho e nas relações entre empreendedores. Os nativos da Geração Z trazem consigo a possibilidade de revolucionar as técnicas e as relações de trabalho que perduraram pelos últimos anos.
A inovação é a referência principal desses indivíduos, que conseguem realizar atividades de forma mais dinâmica, pensar em soluções para possíveis problemas de forma mais rápida, estabelecendo mais diálogo entre as partes e introduzindo novas ferramentas de comunicação no meio de trabalho. As redes sociais se tornam porta-voz dessa geração.
Seguindo essa linha, essas pessoas são a favor de horários mais flexíveis, de uma rotina de trabalho home office, enxergando a própria residência como um lugar possível de se fazer dinheiro e crescer profissionalmente. São trabalhadores que não acreditam no valor da posse, mas sim no sentido de agregar, e não aceitam hierarquias verticais.
A diferença entre a Geração Z e a Geração Y
A Geração Z se caracteriza por ter pego algumas referências das gerações anteriores, como a Geração Y, modificando-as e colocando-as em si. Os novos profissionais, se comparados com os da geração anterior, são menos tolerantes às condições de trabalho precárias, não aceitam todas as imposições colocadas e apresentam grande facilidade em criar diálogos e trocas na convivência. Eles precisam se sentir satisfeitos em seu ambiente de trabalho.
Os indivíduos dessa nova geração possuem um perfil mais alinhado com o empreendedorismo e menos preocupado em ganhar dinheiro, apenas buscando chances de crescer dentro da empresa e oportunidades de aprendizado.
Levando tais pontos em consideração, as empresas devem ter em mente que, para contratar esses novos profissionais, é necessária uma mudança total de abordagem, apostando cada vez mais na criação de espaços de compartilhamento de ideias, de trocas de experiências e de valorização das subjetividades e das características individuais. É necessário saber ouvir, entender e exaltar o que nos torna únicos.
As expectativas da Geração Z com as marcas em 2021
Por serem muito desconfiados, os nativos dessa geração não se veem representados por nenhuma instituição política ou não se sentem representados pelas marcas. Eles acreditam que grandes nomes, como o Facebook, por exemplo, detêm muito poder, enxergando isso de forma negativa.
Um estudo realizado pela Branding Together aponta que a Geração Z, em outubro de 2020, acreditava que as marcas deveriam deixar suas diferenças de lado para agir positivamente na vida das pessoas – ou seja, menos concorrência e mais colaboração –, além de investir em assuntos sociais e ambientais. A pesquisa também mostra que esses consumidores levam a sério seus valores pessoais e esperam um comportamento semelhante das marcas.
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